98 mortos e 615 feridos é o saldo provisório que foi divulgado após as explosões ocorridas no domingo, 7 de março, no Quartel Militar de Nkoantoma. Destes feridos, 316 já tiveram alta e 299 ainda estão internados em diversos hospitais da cidade de Bata, nomeadamente o Hospital Geral, o Hospital Nuevo INSESO e o Hospital La Paz.
O Governo vai convocar uma reunião de urgência para ver e analisar as medidas a adoptar, para que antes da chegada da ajuda humanitária internacional as vítimas possam receber um primeiro apoio dos benfeitores da República da Guiné Equatorial.
Também foi feito um apelo à população para que se mantivesse calma e tranquila, e ignorasse os boatos, comentários e informações negativas que circulam nas redes sociais sobre este acontecimento, sendo que as autoridades competentes irão proceder às investigações necessárias para o total esclarecimento do ocorrido e apuramento de responsabilidades, bem como a quantificação dos danos causados.
Os órgãos de proteção civil e bombeiros, em busca das pessoas presas sob os escombros, conseguiram resgatar mais de 60 pessoas no dia 8 de março, no local do epicentro das explosões, na sede da Unidade de Intervenção Rápida de Nkoantoma.
Segundo apurou o Governo, as primeiras hipóteses sobre as causas do acontecimento apontam para uma queimada provocada por um agricultor, que a brisa levou para o paiol onde os explosivos são armazenados.
No contexto desta nova tragédia, que se vem adicionar à crise sanitária causada pela pandemia, a Guiné Equatorial vem apelar à solidariedade da comunidade internacional e, em particular, da comunidade lusófona, no sentido da mobilização de instituições e entidades solidárias com o povo da Guiné Equatorial que disponibilizem apoio humanitário, a fim de conduzir à mitigação dos efeitos de mais esta tragédia, e à superação desta inesperada provação.