Diante dos desafios que se colocam ao futuro e ao desenvolvimento dos países da sub-região centro-africana, a República da Guiné Equatorial colocou na mesa a celebração de um fórum que analise exclusivamente o tema da pirataria marítima, que pesa sobre a riqueza de grande parte de seus Estados, cujas economias dependem enormemente dos recursos de origem marinha.
Foi nestes termos que o Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação da Guiné Equatorial se manifestou esta manhã, em Malabo, no decurso dos trabalhos da quinquagésima reunião ministerial do Comité Consultivo Permanente das Nações Unidas para a Segurança na África Central (UNSAC), que decorreu entre 2 e 4 de Dezembro.
Durante as deliberações por videoconferência, Simeón Oyono Esono Angué defendeu a sua proposta de existência da Escola Naval de Tica, situada perto da cidade continental de Bata, com vocação sub-regional, que, assegurou, “sob a coordenação das Nações Unidas e da União Africana, terá um papel fundamental, incluindo o Centro de Coordenação Interregional (CCI) e outras instituições especializadas, que poderão contribuir para a eliminação deste flagelo que tanto preocupa os nossos Estados”.
Com o lema "Combater a Covid-19 e as suas implicações para a construção da paz e segurança na África Central", o encontro analisou principalmente a situação geopolítica e de segurança da sub-região, o cenário da República Centro-Africana, inclusive questões relacionadas com extremismo, violência, mulheres e paz e segurança, direitos humanos e democracia, assim como a situação financeira da instituição e a luta contra a Covid-19 na África Central.
O Escritório Regional das Nações Unidas para a África Central (UNOCA) foi inaugurado na capital do Gabão, Libreville, em 2 de Março de 2011, dois meses após sua criação no dia 1 de janeiro do mesmo ano. Abrange os onze países membros da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC): Angola, Burundi, Camarões, República Centro-Africana, Chade, Congo, República Democrática do Congo, Guiné Equatorial, Gabão, Ruanda e São Tomé e Príncipe.