75ª Assembleia Geral da ONU - Guiné Equatorial tece críticas à primazia e abuso dos países ricos e poderosos

Publicado em 23 de setembro de 2020 às 10:34

Na declaração apresentada à 75ª Assembleia Geral da ONU, Sua Excelência OBIANG NGUEMA MBASOGO, Presidente da Guiné Equatorial, disse que o septuagésimo quinto aniversário das Nações Unidas é uma ocasião histórica, que convida a uma reflexão sobre o trabalho anterior, numa tentativa de promover o multilateralismo, a paz e a solidariedade entre as nações.

Citando uma série de conquistas, desde a descolonização à assistência humanitária, elogiou a Assembleia pelos seus múltiplos esforços. No entanto, hoje existe um contraste, em termos de falta de vontade política entre os Estados, impulsionada pela busca do poder hegemónico. O desrespeito ao ordenamento jurídico internacional vigente, hoje, é a causa de muitas guerras e situações injustas, num momento em que as disparidades de rendimentos persistem, os avanços tecnológicos permanecem nas mãos de algumas nações e alguns Estados atropelam os direitos dos fracos, reflectindo uma necessidade clara e urgente de reforma.

A pandemia apenas mostra que os problemas comuns da humanidade são mais bem enfrentados em conjunto, reafirmando a relevância do multilateralismo. As Nações Unidas devem estar preparadas para enfrentar os desafios do futuro, desde a insegurança alimentar às mudanças climáticas, e este aniversário deve ser o início de uma nova geração de paz, segurança e prosperidade.